"O 'bicho – hôme' é uma fera,
Perigosa, indomável.
O “bicho – hôme”, quem dera
Que fosse mais sociável.
Com prazer ele faz guerra
E nela tornou-se hábil.
Espalha terror na Terra
Tornando-se o próprio alvo.
(...)"

(BICHO–HÔME.In "Gapuiando Sonhos na Ilha de Caratateua".Ed.UFPA,2008)

terça-feira, 12 de julho de 2011

CONTRASTE


Uma agonia na barriga,
Tristeza no coração.
Sobrevivência sofrida,
Na mendicância do pão.
No semblante uma intriga:
O brinquedo, o balão.

Enquanto existir miseráveis,
Carentes, descamisados.
Num mundo tão conturbado
E produtor de indigentes.
O homem, que não se julgue
De ser o bom, o competente.

Neste “show” não bati palmas,
Foi grande a decepção,
Que me fez perder a calma,
Ver criaturas inocentes,
De repente comer palma
E sopa de papelão.

Não pode haver tanto pranto
No prato do brasileiro,
Crianças acuadas, no “canto”
Olhadas por derradeiro.
Numerário, entretanto,
Aplicado no estrangeiro.

Hoje elas estão nas ruas
Perambulam nas cidades
A realidade nua e crua
Droga e promiscuidade
Nasce o sol, se esconde a lua
Dorme em paz a sociedade.

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